...minha escrita até pode ser autodidata,
mas está bem longe de ser autobiográfica...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Simples Atitudes



"Você não tem que ter medo de quem você é, apenas seja!"









De tanto se sentir frágil, aquela tristeza sucumbiu ao inevitável poder da “Dor”, obviamente exauriu as suas forças, acorrentou o seu querer e a fez olhar nos olhos de seus maiores medos.
E como uma sobrevivente do naufrágio de seus anseios, quando não esperava mais nada, viu que o bem se vestiu de mal para resgatar o amor-próprio, que há muito tempo estava preso na escuridão do desamor.
Que agradável surpresa foi perceber que aquele medo, que antes era tão grande, perdia o poder diante dela, e com suas mãos corajosamente trêmulas sacou da arma da “atitude” e deu cabo daquele desgraçado.
Então o Sol nasceu naquela manhã, trazendo desejos inusitados, sentiu vontade de ver o mar [fato não muito habitual, visto ser ele um de seus vilões].
Ela queria caminhar a beira-mar sentindo as ondas virem visitá-la uma a uma, e cada qual trazendo em si o afago que ela nunca tinha permitido receber.
Queria abraçar os seus amigos e dizer-lhes o quanto eles são importantes, queria cantar, correr, sorrir, queria admitir suas fraquezas com a mesma simplicidade que admitiria um grande feito, queria amar os seus defeitos, queria pedir socorro ao pobre necessitado e olhar com compaixão aquela autoridade infeliz, não tinha mais medo de ficar triste e nem vergonha de ser feliz.
E na ausência da vontade de fazer força ficou forte. Mesmo sem querer, mesmo sem ninguém perceber, não precisava mais da compreensão e aceitação alheia, não precisava mais nem de sua própria compreensão, precisava apenas se render a sua mais pura simplicidade.
E assim...simplesmente...o tempo voltou a ser o do momento presente!


“As vezes nos envolvemos tanto com o presente,
Que não percebemos quando ele virou passado.
De nada adianta adiar,
Já que o tempo gera o passado...o tempo todo!”
(Luiza Possi)


M.R.

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