...minha escrita até pode ser autodidata,
mas está bem longe de ser autobiográfica...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

mEniNoHOMEM...


Saber muito de você é algo agradavelmente fácil, basta apenas olhar para os teus olhos e ver que na transparência do teu querer, desenham-se em luzes azuis, todo o amor e sinceridade que um humano poderia conter.
Porém não se enganem aqueles que de teus mansos olhos se espelharem, deste mar sutil e sincero faz-se surgir clarões e tempestades, que juntos são capazes de afugentar tudo que possa ameaçar a paz que defende com teus dons de ‘menino-homem’.
Quando por vezes brinca de ser ‘menino’, é para que o erê contido em sua singular espontaneidade possa brincar com a vida, fazendo sorrir até mesmo a própria infelicidade.
Mas quando o ‘homem’ vem à tona trás consigo a força dos trovões, vibrando sem passar despercebido até pelo mortal mais distraído. Faz de sua voz um raio que corta o vento, e entre os toques de seu tambor faz explodir também o seu amor, capaz de invadir o mundo do impossível, afastando toda a dor com o poder reconhecido pela força de seu clamor.
Na solidão que trás no peito, invisível aos olhos nus, chora baixinho para não ser ouvido, e de uma forma peculiar estende suas mãos a outro peito cheio de dor, aliviando assim o seu próprio desamor.
Pediu-me inspiração para desenhá-lo em palavras, logo eu, uma poetiza que se perde no mundo das letras, e de tão profana busco ser divina pra equivaler-me a tua alma cristalina.
Derramo aqui minha admiração, minha alma, meu amor e minha limitada capacidade de afagar a extensão de tua imensidão, ainda que meus ‘mimimi’s’ sejam intelectualizados, ainda que o meu querer seja impublicável, ainda que o Sol e a Lua não pudessem se encontrar, somos a prova viva de que existem mais mistérios nos céus do que possam suspeitar.


Maria Rita

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