...minha escrita até pode ser autodidata,
mas está bem longe de ser autobiográfica...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

ConFIANÇA[?!]


Quem és tu senhora das certezas? Como ousa me visitar pra querer me conquistar, não sabes que de ti guardo péssimas recordações? Tenho olhos felinos para me resguardar de tuas armadilhas, e não deixarei que me ponha de refém de tuas falsas esperanças, foi de tanto confiar em ti que me aliei à desconfiança. Hoje sou tua inimiga, até que se prove o contrário, estás encarcerada nas cicatrizes de minhas experiências, e terás que encontrar ótimos advogados para conseguir revogar minha sentença de morte, a menos que tenha provas concretas que provem a tua inocência, não gaste seu [meu] tempo com tuas belas teorias de pouca consistência. Quero atos, fatos e todos os exageros movidos pelo mais insano dos sentimentos, e na sublime simplicidade de teus movimentos, vou recolher uma a uma de suas atitudes para que assim tuas palavras possam fazer sentido. Saiba que se ainda te dou direito a defesa, é porque tenho saudade de sorrir o meu melhor sorriso, é por reconhecer que apesar de tua baixa credibilidade, minha felicidade era mais feliz quando eu podia acreditar na tua verdade.


Talvez eu me deixe levar

Talvez eu diga o que espera ouvir

Talvez eu me leve pra outro lugar

Talvez eu silencie e decida partir

Talvez eu me declare até o fim do dia

Talvez eu acredite no bem que me fez

Talvez eu me despeça de tua ousadia

Talvez eu seja feliz outra vez


Maria Rita

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