"Então que sejamos nós"
Quando se faz expulsar as palavras, que de tão ardentes queimam a mente de quem as produz, e como um ato heróico faz o texto escarrado do sentir bucólico.
Fato mansamente instruído por inúmeras vontades acumuladas, e na mistura do real com o duvidoso surge o vandalismo literário que assombra encantando por sua audácia, e entre leitores anônimos [ou não], pede o verniz que lustra a vaidade pouco aclamada no mistério da origem daquela “ilusão”.
Saboroso poder de trazer ao corpo [matéria], abdicando de sua própria idéia para que outras mentes recolham sementes brotadas de outras semeaduras, e germinadas no jardim da tua insegurança que ingenuamente acredita fazer brotar de sua própria mente o broto desta doce dança.
Pequena criança ardilosa faça abrir de seu botão a rosa, livre do questionamento da razão, pra que possa enfim, sair de seu campo de flor outras flores de invisível autor, que se redime em fazer de ti seu mais lírico manuscrito de perfumes, livre dos protestos habituais, liberta a tela de possibilidades para poder florir inúmeras habilidades.
Caso o medo lhe acomode o pensamento lembre que dele também se fabrica o espetáculo a ser dirigido, por conter em si o mistério sofrido de muitos que seguem acompanhados de musculoso temor. É singular o intercâmbio que lhe conduz, e como uma camada de frágil luz apresenta a ti simples movimentos, basta apenas libertar do pensamento vozes já tão conhecidas, embora ainda pouco imprimidas, no contexto entre a autoria e o autor.
Siga a orientação do invejável vento, que é livre no seu fluir, visto que a grade que impede o ir e vir se mostra impotente para este sábio viajor, do ar de que ele é feito [invisível ao questionamento], faz-se incontestável por ser certo o seu vital louvor.
A única grade capaz de prender o poeta e o trovador é a tristeza do corpo e da mente, que congela autora e autor na desagradável condição de nobres disfarçados de mendigos, pois façamos deste nobre tão sofrido a inspiração da mais tocante história de amor.
E no amor quebram-se barreiras, seja ele vestido de anjo ou de pimenteira, fazendo das linhas uma vocação, e se na cartilha da atual vivência está em branco o título da graduação, saiba ardilosa dama que o atual é apenas um pingo diante de tua imensidão.
M.R...Siglas interessantes que de teu nome se inspira, se no “R” está a matéria, no “M” se esconde a lira. Apenas nos “pontos” levanto um questionamento, posto que deles se finda uma questão, talvez hoje mais apropriado fosse o “&” trazendo outras “Mentes” a esta conjunção. Das siglas surge um dueto para formar esta lírica canção - M&R.
M&R
[E quando vi já estava escrito. Só faltou o manual de instruções.]
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