...minha escrita até pode ser autodidata,
mas está bem longe de ser autobiográfica...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

"Bom Olhado"
















Nem banho de descarrego,
Muito menos Pai de Santo renomado
Poderão desfazer com certeza
Este audacioso “Bom-Olhado”
E nem me venham com velas de sete dias,
Sal grosso ou coisa assim
Não tem feitiço nem feitiçaria
Que tire esta “Boa” quizumba de cima de mim
Pois salvem os batuques temperados com arruda e guiné
Salvem os amigos de cá e de lá
Meus camaradas que guardam a rua de baixo
Todos que atuam nas graças de Obatala
E se no escuro do limbo tem uma voz que chama
Clamo forte aos “Sete” ventos
E sou salva pelo charme de uma poderosa Dama
Oxalá eu possa manter sempre
A proteção que corre nas minhas veias
E nem vela preta na encruzilhada
Há de secar minha pimenteira
Que seja bem vindo este “Bom Olhado”
E que me abençoe com o que me for de direto
Pois em minhas duas mãos
[A esquerda e a direita]
Trago o mel que adoçam as almas
Mas também trago a minha pimenta.


“Entre os espinhos da roseira Meu Pai...
Não deixe estes filhos cair!”
(Autor desconhecido)


M.R.

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