
...minha escrita até pode ser autodidata,
mas está bem longe de ser autobiográfica...
quarta-feira, 30 de junho de 2010
gArGanTA

sexta-feira, 25 de junho de 2010
SOpraME

quarta-feira, 23 de junho de 2010
líNguA

terça-feira, 22 de junho de 2010
siLênCio

segunda-feira, 21 de junho de 2010
diVinO e pRofAnO

"Não quero seu sorriso.
no meu rosto
sorrindo pra mim."
sábado, 19 de junho de 2010
reSpirOs

IdeNtidAde

Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim"
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Lírico Manuscrito de Perfumes

"Então que sejamos nós"
Quando se faz expulsar as palavras, que de tão ardentes queimam a mente de quem as produz, e como um ato heróico faz o texto escarrado do sentir bucólico.
Fato mansamente instruído por inúmeras vontades acumuladas, e na mistura do real com o duvidoso surge o vandalismo literário que assombra encantando por sua audácia, e entre leitores anônimos [ou não], pede o verniz que lustra a vaidade pouco aclamada no mistério da origem daquela “ilusão”.
Saboroso poder de trazer ao corpo [matéria], abdicando de sua própria idéia para que outras mentes recolham sementes brotadas de outras semeaduras, e germinadas no jardim da tua insegurança que ingenuamente acredita fazer brotar de sua própria mente o broto desta doce dança.
Pequena criança ardilosa faça abrir de seu botão a rosa, livre do questionamento da razão, pra que possa enfim, sair de seu campo de flor outras flores de invisível autor, que se redime em fazer de ti seu mais lírico manuscrito de perfumes, livre dos protestos habituais, liberta a tela de possibilidades para poder florir inúmeras habilidades.
Caso o medo lhe acomode o pensamento lembre que dele também se fabrica o espetáculo a ser dirigido, por conter em si o mistério sofrido de muitos que seguem acompanhados de musculoso temor. É singular o intercâmbio que lhe conduz, e como uma camada de frágil luz apresenta a ti simples movimentos, basta apenas libertar do pensamento vozes já tão conhecidas, embora ainda pouco imprimidas, no contexto entre a autoria e o autor.
Siga a orientação do invejável vento, que é livre no seu fluir, visto que a grade que impede o ir e vir se mostra impotente para este sábio viajor, do ar de que ele é feito [invisível ao questionamento], faz-se incontestável por ser certo o seu vital louvor.
A única grade capaz de prender o poeta e o trovador é a tristeza do corpo e da mente, que congela autora e autor na desagradável condição de nobres disfarçados de mendigos, pois façamos deste nobre tão sofrido a inspiração da mais tocante história de amor.
E no amor quebram-se barreiras, seja ele vestido de anjo ou de pimenteira, fazendo das linhas uma vocação, e se na cartilha da atual vivência está em branco o título da graduação, saiba ardilosa dama que o atual é apenas um pingo diante de tua imensidão.
M.R...Siglas interessantes que de teu nome se inspira, se no “R” está a matéria, no “M” se esconde a lira. Apenas nos “pontos” levanto um questionamento, posto que deles se finda uma questão, talvez hoje mais apropriado fosse o “&” trazendo outras “Mentes” a esta conjunção. Das siglas surge um dueto para formar esta lírica canção - M&R.
M&R
[E quando vi já estava escrito. Só faltou o manual de instruções.]
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Só por Hoje...

Sinto brotar de meu útero a essência dos sonhos que tenho...os meus mais suaves momentos de paz imutáveis, vejo um longo caminho a percorrer, só não sei se posso arrombar essas portas fechadas que trago alojadas no gosto salgado de dias incontáveis, onde sou a única espectadora da minha obra.
Invento palcos e luzes e trilho rompendo limites, entrando em guerras para enfim vencer essa minha vontade de ir embora. Quando a voz da noite me responde apertando o meu peito com uma saudade de algo que está além do meu olhar, vejo nascer a fragilidade sutil de quem gostaria de só por hoje...ESMORECER...
Soltaria cada um dos véus dos meus cansaços para poder me encolher, aconchegada ao seu querer que implora a minha nudez emocional, para poder enfim cuidar de cada parte de mim que é tua.
Caso alguém ouvisse esta voz inaudível por opção, entenderia que na cadência suave de minhas passadas, evidencio o bater de um coração que de tão só se mistura ao movimento...assim como o frio que traz nas entrelinhas a necessidade do cobertor para se proteger do vento.
E como se fosse possível, só por hoje diria...SIM...ESTOU FRÁGIL...quero ser a fragilidade que enlaça as tuas vontades e se faz necessária, fortalecendo o nobre poder de seus olhos sorrindo, e neste sorrir invadir ainda mais, transformando o meu cansaço na paz que mereço ter.
Já não tenho medo de saber quem somos na escuridão, foi nas trevas que fiz brilhar minha inspiração, mas só por hoje quero aquecer meus pés cansados, poder ser salva por um guardião, um amor ou um ser do além, e quem sabe até poder ouvi-lo dizer...
“Isto vai passar também!”
E assim...conduzida pelo teu abraço...me aqueceria na tua presença...para enfim esquecer...só por hoje...que sou forte!
"Abandonou a delicadeza para ser um sussurro breve, um semi-espasmo, seguido de um sorriso abundante. A culpa foi de um sopro de palavras ao pé do ouvido que desmoronou o que se edificou para ser derrubado. Estremeceu a alma de gelo e pôs em combustão o que era escuro e frio. As mãos não pestanejaram: enjaularam o corpo em um abraço assustadoramente afetivo. Uma prisão libertadora. Um aconchego quente." - Paulo Correa
M.R.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Desembarque...

(Luiza Possi)
"Meu amigo...eis aqui um pouco [muito], de você."
M.R.