E quem
iria pensar
que ele faz
sentido?
Em um constante apertar de letras ela guiava-se por seus caminhos inusitados. Seria mais um de seus devaneios?
Entre tantas interrogações ela buscava incansavelmente alguma exclamação para salva-la de sua sutil insanidade diária, em uma mania incessante por respostas e fatos palpáveis e irrevogáveis, sem dano real, mas com algum efeito colateral com gosto de “pra sempre”, mesmo que o “sempre” venha com data de validade.
Era uma descendente da loucura, nascida da esquizofrenia poética. E no doce líquido que sorvia na taça de sua imprudência, embriagava seus princípios morais, deixando-os a mercê de felizes sintomas que faziam de sua vida uma obra intuitivamente abstrata [compreendida por poucos], pois já não precisava mais de platéia, queria apenas o sucesso seletivo de "nobres seguidores", com cérebro o suficiente para serem imperfeitos por natureza...e ainda assim...nobres.
Eis que então surge...aquele “belo moço” perigosamente singular, em meio a fumaça de um cigarro com aroma de café, trazendo no bolso suas palavras [propositalmente] incompreensíveis, e de maneira sorrateira se fazia expressar em linhas que apenas ela sabia explicar.
Ela já não sabia mais se deveria achar certo todo aquele querer, não tinha mais medo de vento e nem de tempestade, a única coisa que ela queria ao certo, era ter por inteiro...
E não mais pela metade!
Arnaldo Antunes
[Sim moça...este rabiscado desenha o seu traçado!]
M.R.
2 comentários:
Assim você me mata...
E olha só onde viemos parar... rs
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