...minha escrita até pode ser autodidata,
mas está bem longe de ser autobiográfica...

quarta-feira, 15 de maio de 2013

do[lado]...




Bendita escrita!

Escrevo pra recordar de onde vim
[ou pra onde desejo ir]. 

Escrevo pra aliviar cansaços,
encurtar espaços. 

Escrevo...
porque se não o fizer enlouqueço.  
To cansada de guardar pra mim essa sensibilidade insana, 

to cansada desse mundo de gente de plástico,
de gente que julga...

até mesmo estas linhas amadoras. 
Me canso de sentir frio e fome de poesia,
[que agonia!] 
Ando carente de qualquer coisa coerente
 que me faça lembrar que,
 existe alguma verdade. 
Ainda que ela esteja escondida por aí, 
com medo de não ser adequada.
Tudo é ‘muito’ notaram? 
Muitos amigos, 

muitas fotos, 
muita gente feliz. 
É muita independência sobrecarregando o 
'humanamente possível'.
Quero a paz de dias tranquilos, 

aqueles lá, 
recheados de gente de carne e osso, 
que não fica competindo o tempo todo 
e nem notando a cor do meu esmalte.
[Nem quero lembrar que existe esmalte].
Vivo de ‘
querências’ e isso é algo que 
me faz questionar ‘N’ coisas. 
Acho que preciso mudar de cidade, 
sou estrangeira nesta terra da garoa. 
Lugar de muitos amigos...de mentira.
É gente sozinha pra todo lado. 

São Paulo devia se chamar ‘A Terra dos Abismos’.
Tenho amigos que moram do outro lado do mundo e 

estão muito mais próximos do que o meu vizinho de parede. 
Amedronta-me a ideia de algum dia achar isso ‘normal’.
Não sou de textos longos, 

abandonei-os quando notei que,
 as pessoas não tem mais tempo de lê-los. 
[As letras me pediram mais espaço]
Recuso solenemente essa falta de ar, 

falta de espaço e ausências burras, 
me recuso a ser igual neste mundo de gente normal.
Esse é o meu crime e pago o preço, 

todo santo dia!

"Nem sempre precisamos de pessoas que 
nos ajude a levantar,
às vezes queremos apenas,
 alguém que se deite do nosso lado."

[Li isso em algum lugar...]  


[Maria Rita]


2 comentários:

disse...

Ahh.. dona Maria Rita...
São dias difíceis, eu sei.
Mas quem sabe se ficarmos nas pontas dos pés, da pra ver o horizonte e quem sabe alguma esperança, mesmo entre o cinza dos prédios.

Beijo! ;)

Rê Rondon disse...

Marias... O que dizer delas??

Perfeito Maria Rita!!!!!