...minha escrita até pode ser autodidata,
mas está bem longe de ser autobiográfica...

sábado, 30 de abril de 2011

livrE...


Minhas letras desobedecem regras e melodias,

elas atendem ao meu descompasso,

minha taquicardia

e a tudo que compõe o abstrato,

rabiscado pelos meus insanos dias.

Certa ou errada?

Meus dedos só escrevem o que minha essência dita.

Sou poeta inventada,

maior abandonada e amadora da escrita!




Maria Rita


quinta-feira, 28 de abril de 2011

+maiS...



Um pouco de cada pra viagem


[Por favor]


E acrescenta dose tripla de paciência please!




Maria Rita


quarta-feira, 27 de abril de 2011

FuGa...


Então eu corro,

e sinto tanta vontade de me entregar

a este aroma de horizontes

que na epiderme tinjo a explosão

de tudo que não cabe mais.




Maria Rita



segunda-feira, 25 de abril de 2011

DesejO...


Que você acredite sempre no melhor, no bom e em tudo aquilo que te dê forças para sorrir, ainda que existam motivos para chorar.


Que seus aborrecimentos sejam meros sinais de que a vida lhe bate na porta com ares de professora.


Que você tire muitas notas ‘A’, ‘B’, ‘C’, ‘D’ e ‘E’, só não deixe o ano passar batido por você.


Que você me guarde em seu coração, e se por um acaso escaparmos pelas frestinhas do tempo que este mesmo acaso nos traga de volta.


Que todos os teus dias tenham sabor de comidinha gostosa com direito a sobremesa, e que o cardápio de boas oportunidades esteja sempre disposto em sua mesa.


Que nunca te falte amigos, abraços, amores, cafunés, beijos, cobertores e que eles te aqueçam a alma.


Que a saúde seja uma lei decretada e obrigatória!


Que o dinheiro seja tua companhia inseparável e que você saiba dizer a ele de fato quem é o verdadeiro dono do barraco.


Que o amor seja seu presente diário.


Que hoje você receba bem mais do que vários ‘feliz aniversário’, receba a alegria de ser feliz neste dia e em todos os outros.



Parabéns pra VOCÊ!




Maria Rita


terça-feira, 19 de abril de 2011

InfânciA...


Inspiro-me para manter a sanidade

Palavras seguem maculando minhas verdades

Ignoro o tic-tac dos ponteiros

Prefiro não sabê-los

[...]

Sangro minhas feridas

Ouço a voz didática da dor

Tenho pressa

Invento um vento

Ouço cantigas

Exorcizo tormentos

Absorta

Vasculho gavetas

Subitamente...

Ali está!

Uma garotinha

Chorando

Sofrendo

Por ser uma menina má

Aquela lá

Que não ouve ‘bons’ conselhos

Que faz o que quer

E vomita o que vem ao pensamento

Olhei bem nos olhos dela pra dizer:

Pára de choramingar garota

Ninguém é o dono da verdade

Sabe isto que chamaram de ‘teus piores defeitos’?

Vão se tornar as tuas melhores qualidades!




Maria Rita


sexta-feira, 15 de abril de 2011

dEspidA...


Recentemente aceitei certos fatos sem resistências, deitei na cama da minha tal fama de ruim para assumir que sou a mais irresistível antagonista desta dança esquisita chamada VIDA.


Minha antagonia me exime do risco de agradar ao próximo só pra desagradar a mim mesma, mas em contra partida me rende boas risadas com gente de corpo e de alma.


Esse lance de ‘aparência’ me causa disritmia, taquicardia e uma dificuldade interna imensa de entender pessoas que vivem personagens estranhos, chegam querendo ir embora e sorriem dando tapinhas nas costas pra fingir algo indefinido.


Óbvio que uso de psicologia ‘social’ para o bem de todos e a paz geral, mas não me peçam pra ser ‘simpática’ por muito tempo, tenho limites para a ‘política de boa vizinhança’, minha simpatia precisa de sinceridade pra durar de verdade.


Entendi que ‘fingir’ pode causar sintomas desagradáveis, tais como, aperto no peito, relacionamentos vazios, amigos indesejáveis, inúmeras futilidades e uma agenda repleta de compromissos chatos e infindáveis.


Assumo a minha chatice e nem me importo com ela, mas também assumo a minha transparência, talvez seja por isso que é tão fácil perceber o melhor e o pior em mim, basta olhar para os meus olhos.


Adoro conversas inteligentes, pessoas que sabem rir, chorar, calar [e principalmente] adoro gente que fala o que pensa ainda que eu não vá gostar.


Prefiro uma briga inteligente a uma conversa agradavelmente insossa.


E não se confunda com meu rosto angelical, ele é só uma questão de genética, vamos combinar que anjos são bem legais, desde que fiquem no céu, eu sou de carne e osso.


Gente ‘boazinha’ e ‘perfeita’ pra mim é defeito.


Fico puta com gente que joga lixo na rua, maltrata animais, com fanatismo de qualquer tipo, mentira e impunidade.


Costumo ser sensível, carinhosa, criativa e cuido das pessoas que gosto, sou do tipo que sempre segue o coração, mas não faça a palavra carinho virar sinônimo de obrigação.


Posso dizer 'foda-se' só com o olhar, mas se eu disser 'eu te amo', pode acreditar.


Quando criança eu achava que podia falar com anjos, hoje tenho certeza.


Saiba que minha lista de ‘merdas’ é tão extensa, que eu precisaria gastar um tempo que eu não tenho pra relatá-las, mas reconheço que não sei o que seria de mim sem elas.


Sofro de falta de paciência com futilidades, não sou adepta à beleza sem conteúdo, sou prática, sincera e absurdamente intensa.


Quando eu disser ‘preciso de um doce’, quero dizer ‘estou carente’.


Quando eu disser ‘só estou quietinha’, quero dizer ‘estou triste’.


Quando eu estiver estressada não vou precisar falar nada.


Não me alimento só de comida, preciso de amor, amigos, músicas e natureza se não fico desnutrida.


Já ouviu falar em TPM? Então é melhor se informar!


Pra mim fé e religião são coisas diferentes.


Devo ter cara de rica, quem me dera ter metade do dinheiro que as pessoas acham que eu tenho.


Não sou tímida, sou seletiva, quando me espalho ninguém me junta, mas quando eu me junto ninguém me espalha, pode apostar.


Nasci com essa mania para a escrita, me inspiro em mim e em quem quer que seja, e se quiser um conselho meu para poder afagar a sua alma...’escreva’.


Esta sou eu [até então], só não prometo que esta minha nudez poética seja fixa e incontestável, o ‘Sr. Tempo’ me fez aprender que as coisas sempre vão se aperfeiçoando a cada amanhecer.




Maria Rita


terça-feira, 5 de abril de 2011

lonGe?


Não é o fim

É só uma pausa

Um descanso

Um leve sopro de vazios

Para que haja outros caminhos

Não...

De fato não é o fim

É só uma forma diferente de existir

O que não se vê

Mas que mora por aqui

Nas lembranças

No contentamento

No doce sorriso tatuado

Sempre que se é lembrado

Existem coisas que nunca acabam

Mesmo depois que vão embora

Ficam espalhadas

Em heranças deixadas

Em um livro

Uma música

Em uma xícara de café quente

A eternidade é o que é

Está nos olhos

No coração

No profundo da nossa mente

E simplesmente sentimos saudades

Não porque está longe

Mas porque mora dentro da gente




Maria Rita