...minha escrita até pode ser autodidata,
mas está bem longe de ser autobiográfica...

domingo, 29 de agosto de 2010

CoRpo iNteiRo?


Quero falar de amor...quero falar de paz...quero falar de alma...quero falar de missão...

Não...este não é um post mimimi cheio de sentimentalidades típicas dos enamorados, é apenas um conjunto de letras querendo expressar a minha mais profunda necessidade de sentir. Que se foda a minha fama de mau, não quero ser filha da puta e nem preciso ser legal. Quero simplesmente ser esse brilho que sai do meu olhar, quero ser esse tom na minha voz, quero ser a coragem de sentir o que me der na telha, quero apenas “SER” e isso já me basta.

Em um mundo onde o legal é ser independente, forte e emocionalmente bem resolvido, onde as pessoas se fantasiam com seus rótulos para se esconderem da própria incapacidade de encarar o mais sublime dos sentimentos, seguimos mentindo dizendo que sempre está “tudo muito bem”, ainda que não seja o que estamos sentindo.

Exato! Este é um post que fala de amor, fala da coragem de se amar, de dizer eu te amo, de dar um abraço, de receber um afago, de olhar nos olhos e de saber dizer sim e não. Olho as pessoas e vejo um monte de gente de saco cheio de acreditar sempre no pior, com medo de ser feliz para que a infelicidade posterior não seja mais infeliz.

Para fugir do desamor as pessoas se enterram nele com o propósito de se tornarem insensíveis a dor. Fingem que se conformam com isso e aceitam as condições, relações e coisas que não lhes dizem nada, falam “sim” quando querem falar “não” e vice e versa, só para se sentirem [in] felizes dentro da sua bela zona de conforto desconfortável ao coração.

Tenho propriedade pra falar destes despropósitos, assim como a grande maioria sou uma especialista no assunto, mas hoje acordei com um cansaço insuportável de mim, com uma voz entalada na garganta e com uma sede infindável de me vingar destes fantasmas que eu mesma criei.

A vida por si só já se encarrega em nos “presentear” com as limitações adequadas às nossas necessidades evolutivas. Já pararam pra pensar quantas coisas poderíamos nos permitir e não o fazemos em nome de uma auto limitação estúpida?

Os “fortes” de plantão que me desculpem [inclusive eu], mas hoje ouvi a voz da fragilidade me dizer que o amor é tão absolutamente ridículo e absurdamente fundamental que cedo ou tarde seremos vencidos por ele, e que fugir disso é burrice.

Quando nos perguntam o que queremos da vida a resposta é sempre a mesma...SER FELIZ! E baseada nisso eu me pergunto:

Será que somos capazes de nos permitir “ser” o amor que precisamos “ter” para enfim conseguir evitar o risco de morrer seco diante do mar?

Espero que sim...não sei...só sei que arrisquei e molhei meus pés...confesso que gostei!


Maria Rita


domingo, 22 de agosto de 2010

FaTos...


Toda a vez que você sorri perco a capacidade de perceber em ti os defeitos que poderiam salvar-me dessa vontade constante de ficar.


Mergulhei um pouco mais nesse teu olhar [que sempre tem muito a me dizer], e soletrei o que você silenciava deixando ainda mais doce a tua poesia séria.


Ouvi o que tentou não me dizer, mas seus sentidos traíram sua razão para invadir suavemente os meus limites de proteção.


Disse-me que era da minha poesia que tua alma padecia e me olhou de um jeito tão seu que acabei me rendendo ao teu gosto de céu.


Desarmou toda a minha artilharia com teu abraço à prova de balas, ali a maldade do mundo me parecia tão distante que não tive mais medo de me ferir.


Minhas resistências fraquejaram quando me olhou com tanto amor que quase me convenceu que tudo aquilo era meu.


Questionei....


Logo agora que tinha dado por certo a ausência do mais profundo querer, enterrei no campo santo o mais puro do meu encanto, e vem você com tua doce seriedade me falar de tuas sentimentalidades.


Calou minhas dúvidas com tuas atitudes e inusitadamente me fez querer dizer “sim”.


Tocou tua boca na minha para inspirar minha poesia com fatos.


Atos...


Rasgou o peito e escancarou todos os teus tormentos diante de mim.


E eu que tinha aprendido a ser forte...


Fui forte...


Disse SIM!




"Quando tudo é feito para não durar
Eu só quero que você saiba quem sou eu"
Johnny Rzeznik



Maria Rita


terça-feira, 17 de agosto de 2010

SanTO...


Não me ame! Esse teu amor me expõe à tua estranha forma de sentir o meu cheiro, a textura do meu cabelo e de um jeito todo seu demonstra saber muito de mim. Só não me pergunte como sei que você passa por aqui, simplesmente sei, especialmente quando ficamos tristes, sentimos um ao outro em uma linguagem cheia de sintomas físicos e pensamentos atípicos.

É no silêncio que o dito se cala para que a alma se manifeste. No olhar se concentra o que da língua se ausenta em um ato de renúncia ao próprio cansaço. Leia-me se for capaz, mas não me peça para explicar, não vou jogar minhas palavras ao vento para que em vão elas se percam nas revoadas.

Simplesmente hoje não quero falar nada, minha tela de letras está vazia para que no branco da minha poesia se escreva o que minhas letras não se fizeram compreender. Minha expressão supera a tua razão e ainda assim continua viva em mim como que querendo tomar vida própria, é na ausência que hoje ofereço a ti o meu silêncio por ser ele a única coisa que restou.

Esvaziei-me de sons para preencher-me de saudade e deixei o frio envolver meu coração em respeito a essa exaustão que me toma, e entre tantas promessas de começo sem fim descobri que meu sonho se faz 'Santo', por ter o dom divino de poder trazer você pra mim.


Maria Rita


Eu Queria Que Voce Viesse by Maria Rita

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

ConFIANÇA[?!]


Quem és tu senhora das certezas? Como ousa me visitar pra querer me conquistar, não sabes que de ti guardo péssimas recordações? Tenho olhos felinos para me resguardar de tuas armadilhas, e não deixarei que me ponha de refém de tuas falsas esperanças, foi de tanto confiar em ti que me aliei à desconfiança. Hoje sou tua inimiga, até que se prove o contrário, estás encarcerada nas cicatrizes de minhas experiências, e terás que encontrar ótimos advogados para conseguir revogar minha sentença de morte, a menos que tenha provas concretas que provem a tua inocência, não gaste seu [meu] tempo com tuas belas teorias de pouca consistência. Quero atos, fatos e todos os exageros movidos pelo mais insano dos sentimentos, e na sublime simplicidade de teus movimentos, vou recolher uma a uma de suas atitudes para que assim tuas palavras possam fazer sentido. Saiba que se ainda te dou direito a defesa, é porque tenho saudade de sorrir o meu melhor sorriso, é por reconhecer que apesar de tua baixa credibilidade, minha felicidade era mais feliz quando eu podia acreditar na tua verdade.


Talvez eu me deixe levar

Talvez eu diga o que espera ouvir

Talvez eu me leve pra outro lugar

Talvez eu silencie e decida partir

Talvez eu me declare até o fim do dia

Talvez eu acredite no bem que me fez

Talvez eu me despeça de tua ousadia

Talvez eu seja feliz outra vez


Maria Rita

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

CeReJas...



Esta é uma história que fala sobre um par de pés esfolados, algumas cerejas e uma canela.......


Aquele cão triste que chorava em plena madrugada tinha razão, o dia que estava por nascer seria cinza e com o toque invisível da sombra de alguns sorrisos que foram espalhados [ou não]. Senti uma presença invadir meu escritório, um cheiro de canela misturado com saudade me fez focar os instintos para certificar-me de que não enlouquecera.
Não queria mais receber ‘aquelas’ visitas estranhas, e mesmo com o coração em descompasso mantive minha rotina como se não pudesse notar o aroma que invadia o meu espaço. Quem sabe assim aquele cheiro bom pudesse compreender que por hoje estou cansada, que meus pés estão esfolados da caminhada e que aquele [definitivamente], não era um bom dia.
O visitante com perfume de canela não se intimidou e decidiu me dizer que eu deveria saborear as cerejas do viver, que entre um tranco e outro da estrada elas se ofereciam suculentas para aliviar o amargo de cada jornada. Disse também que elas estão por toda a parte aguardando por mim, e eu insistia com essa mania de [fingir] não ver o que via.
Pensei: Que visitante mais folgado, entra na minha vida sem ser chamado e ainda faz pouco dos meus pés esculhambados como se as dores que sinto não fossem nada, só poderia ser mais um pobre e infeliz coitado com pose de bonzinho, e disso eu já estou farta.
Parti decidida para a Cafeteria mais próxima, pedi um capuccino e uns biscoitos de polvilho, percebi alguns olhares brilhantes na minha direção, meu celular tocou e sorri ao ver de quem era a ligação, na saída encontrei uma amiga de infância que caminhava por ali distraída e demos boas risadas em meio àquela avenida gelada.
Ao chegar em casa fiquei espantada em perceber, que apesar de meus pés continuarem a doer, estava me sentido melhor, até sorri para a pilha de coisas que tinha por fazer, respirei profundamente, e naquela respirada senti novamente a tal presença intrometida e perfumada que sem convites [mais uma vez], deu o ar de sua graça pra dizer:
“As cerejas estão sempre ao alcance de nossas mãos, basta apenas olhar e ver o que de teus olhos não há de se abster. E graças a elas este acabou sendo um bom dia.”


E foi assim que meus pés esfolados se renderam a um punhado de cerejas oferecidas por uma canela intrometida...



Maria Rita

sábado, 7 de agosto de 2010

SaLtO...


Sucessivas ações se misturam em uma composição romanticamente ridícula. Como poderia ‘ela’ descer do belíssimo salto que a mantinha acima do bem e do mal? Sentia-se vítima daquelas borboletas ensandecias, que de tão ingênuas [coitadas], brincavam destrambelhadas em um território minado e sem qualquer prévia autorização.

E para piorar o contexto enjoativamente meloso, aquele dia frio lhe infernizava os sentidos. Foi ver uns amigos, ascendeu um cigarro, tomou um vinho e absolutamente inquieta lembrou-se de como era bom quando podia mandar no seu sentir, definitivamente as coisas estavam diferentes por ali.

Com uma certeza assustadora, estava dominada por desejos e sensações que iam contra a sua estrutura pessoal, algo estranho invadira seus controles internos provocando-lhe aqueles suspiros [des] agradáveis, sem contar aquela vontade enervante de ser 'dele'....'Como assim!!!!!' 'Ninguém merece!!!' 'Salvem-me de mim!!!'...repetia isso ininterruptamente.

O mundo já havia lhe ensinado que não é cor de rosa [pra ela isso era coisa de adolescente daltônica], ainda que não pudesse aceitar que o tempo não a faria errar menos [e sim melhor], e que o cérebro era só mais uma parte daquela engrenagem deturpada, estava a um passo de jogar-se no tudo ou nada.

Claro que ela sabia que já era um fato, o que antes parecia ser impossível se fazia visível naquela luz estranha que trazia em seu olhar, de súbito decidiu não oferecer mais resistências, até porque já era tarde demais pra querer voltar atrás.

Já que não podia comprar o controle remoto do seu sentir, rendeu-se às asas indecentes daquelas borboletas incoerentes que insistiam em dar rasantes em seu estômago, fazendo-a estampar no rosto, de um jeito escancarado, ‘aquele sorrisinho’ amplamente enamorado [medo!].

Decidiu-se [fingindo ainda ter alguma capacidade de se conter], que faria o doce sacrifício de prender-se àquele homem para libertar-se daquela tortura que lhe queimava a epiderme. Respirou profundamente, largou a taça de vinho vazia, calou a voz de sua mente e foi colocar a beleza em dia.

Saiu pisando firme com seus encantos de mulher que queria ser tocada por mãos decididas, no alto de seu belo salto deixou-se conduzir por sensações que a muito não sentia, e ainda que tivesse muito medo daquelas sentimentalidades, não poderia condenar-se ao erro certo da infelicidade.


"Eu não hesitarei mais, não mais
Isso não pode mais esperar, tenho certeza
Não há necessidade de complicar, nosso tempo é curto"
Jason Mraz


Maria Rita


02-jason mraz-im yours by Maria Rita

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

É taRdE!


Ela decidiu ir, trancou a porta para não ter mais que olhar pra traz, seria solta em seu caminhar e as incertezas seriam o seu rumo, mas não podia mais ficar, o peso do “certo” já era maior do que o medo do “duvidoso”.
Trazia na boca o gosto amargo de tudo que ali ficou guardado, e no coração carregava a certeza de que brincar de ser feliz, não é “ser” feliz, a mulher de hoje não queria príncipes nem princesas, e por mais que ele quisesse e ela tentasse, não era aquele conto de fadas que queriam viver.
Santa ignorância...
Era muito mais fácil o tempo em que ele a acompanhava e ela podia fingir, alimentando-se da certeza alheia de uma felicidade representada.
Fingir tornou-se pesado demais para sustentar os sonhos de antes, foi aí que ela precisou dizer a ele que não era sua princesa, e que nem sequer gostava de príncipes.
Não havia beijo capaz de acordá-la para mante-los ‘no felizes para sempre’.
Foi assim... brincando de Alice, que ela entrou por uma porta e cruzou com um coelho maluco que gritava: É tarde!
[ela sempre gostou de coelhos]
E seus gritos ecoavam em sua cabeça, até que ela entendeu o que ele dizia...era tarde para viver o “nós”.
Aquele “nós” que não existia [se é que um dia existiu].
E não importava mais nada, só a vontade de ser.
Ser tudo que ela não havia sido, ter tudo que ela não tinha tido.
E a culpa não era de ninguém.
Foi um conto de fadas com os personagens trocados.
Ele [quase príncipe] procurava uma princesa indefesa pra salvar, e ela que não era indefesa, se vestiu de princesa para ser salva [?].
Papéis trocados, sonhos invertidos, caminhos truncados.
Foram [?]
Não são mais... nunca serão o que um dia fingiram ser.


Maria Rita & Fê Bellusci


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

CResCeRam...















Uma é água a outra vento.
As duas tem cara do que não são.
Até os Santos conspiravam para que ali não fosse nada.
Mas nem eles conseguiram.
Dessas coisas inexplicáveis.
Tudo nelas é demais.
Criticas demais, rígidas demais, espertas demais, escutam demais, vêem demais... pensam demais.
Tinham tudo para não ser nada além de um olhar transversal arquitetado pelo acaso.
Mas são mais.
São a troca de olhares que desperta a inveja e o medo.
Aquilo que muitos querem, mas que não se pode comprar.
Das coisas que acontecem sem explicação [será?] e simplesmente são.
Dos [re] encontros onde até mesmo os tropeços parecem alinhar-se para que aprendam [juntas] as lições que tanto julgaram.
Cresceram.
E de meninas viraram mulheres.
Amam o que nem sempre se explica.
Entendem que a arte de viver vai alem do querer... e ter nem sempre é possível.
Sonhar é preciso, mas é na terra que os pés devem ficar.
Juntas transbordam os limites.
Aprenderam que só assim é possível não submergir em si.
Uma é água a outra o vento.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

mEniNoHOMEM...


Saber muito de você é algo agradavelmente fácil, basta apenas olhar para os teus olhos e ver que na transparência do teu querer, desenham-se em luzes azuis, todo o amor e sinceridade que um humano poderia conter.
Porém não se enganem aqueles que de teus mansos olhos se espelharem, deste mar sutil e sincero faz-se surgir clarões e tempestades, que juntos são capazes de afugentar tudo que possa ameaçar a paz que defende com teus dons de ‘menino-homem’.
Quando por vezes brinca de ser ‘menino’, é para que o erê contido em sua singular espontaneidade possa brincar com a vida, fazendo sorrir até mesmo a própria infelicidade.
Mas quando o ‘homem’ vem à tona trás consigo a força dos trovões, vibrando sem passar despercebido até pelo mortal mais distraído. Faz de sua voz um raio que corta o vento, e entre os toques de seu tambor faz explodir também o seu amor, capaz de invadir o mundo do impossível, afastando toda a dor com o poder reconhecido pela força de seu clamor.
Na solidão que trás no peito, invisível aos olhos nus, chora baixinho para não ser ouvido, e de uma forma peculiar estende suas mãos a outro peito cheio de dor, aliviando assim o seu próprio desamor.
Pediu-me inspiração para desenhá-lo em palavras, logo eu, uma poetiza que se perde no mundo das letras, e de tão profana busco ser divina pra equivaler-me a tua alma cristalina.
Derramo aqui minha admiração, minha alma, meu amor e minha limitada capacidade de afagar a extensão de tua imensidão, ainda que meus ‘mimimi’s’ sejam intelectualizados, ainda que o meu querer seja impublicável, ainda que o Sol e a Lua não pudessem se encontrar, somos a prova viva de que existem mais mistérios nos céus do que possam suspeitar.


Maria Rita

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

gARanTia?


Abriu um Blog qualquer que falava de amor e decidiu ler:

“Chamem um médico, enfermeira, psicólogo, costureira, britadeira ou qualquer coisa hábil e eficiente capaz de tirar do meu corpo e da minha mente esta vontade da tua intimidade. São tantos os sintomas da minha doença que a prescrição medicamentosa teria que vir acompanhada por centenas de lenços de papel, pois ainda que tenha remédio pra isso, nada evitaria a tragédia que seria simplesmente estar curado. Arrancar você de mim seria abrir mão da minha melhor composição, pior que isso, seria como atear fogo na minha inspiração e condena-la ao nunca mais.”

Ali estava ele, sentado na cadeira de sempre, lendo palavras de um poeta falido e pensando em sua vida politicamente perfeita. Tinha um bom emprego, amigos pra contar, namorada pra disfarçar e muitos compromissos para não deixa-lo lembrar-se de que é infeliz.
Era do tipo “Cara Valente” já apresentado na canção da “Maria Rita”, e com toda a sua eloqüência se viu espelhado nos versos exagerados daquele poeta sofredor.
Pensou nos dias em que foi feliz, tomou um gole de café frio pra ver se conseguia engolir junto o nó que se formou em sua garganta, ligou o rádio pra disfarçar uma lágrima teimosa, e por ironia [ou não] estava tocando aquela bendita canção...
...“Foi escolher o mal me quer, entre o amor de uma mulher e as certezas do caminho. Ele não pôde se entregar, e agora vai ter que pagar com o coração”.*
Em uma rapidez inconsciente desligou aquele som, desejou poder fazer o mesmo com sua mente, mas por mais que tentasse não conseguia! Será que estava fadado a pensar “nela” todo o santo dia?
Ainda tinha que suportar essa lei de sincronicidade estúpida que só podia ser coisa do Diabo, não acreditava que o povo lá de cima inventaria uma lei tão filha da puta só pra sacaneá-lo.
Na verdade ele só queria encontrar culpados infames que justificassem sua covardia emocional, estava cansado, queria a certeza que tudo daria certo no final, queria vê-la passar de longe pra aliviar a agonia...queria ao menos uma garantia...queria poder ser somente um amigo...mas não podia!


Maria Rita


* Citação da canção “Cara Valente” – Maria Rita